Powered by Jasper Roberts - Blog

Trabalhadores suspendem greve de 48h nos aeroportos gregos

Aeroportos gregos

Os trabalhadores dos aeroportos tinham marcado uma greve de 48 horas para o próximo domingo e segunda-feira (feriado na Grécia), mas voltaram atrás após reunião com o governo.

“Sabemos que este período é bastante significativo no que toca ao turismo e à economia grega. Respeitamos os direitos de todos os passageiros e a preocupação de autarcas e empresários da hotelaria. Por isso decidimos suspender a greve de 48 horas. Esperamos que o ministro faça o seu melhor”, declararam os representantes dos trabalhadores à saída da reunião com o ministro adjunto das Infraestruturas.

Os trabalhadores da Autoridade Helénica da Aviação Civil protestam por mais investimento nas infraestruturas e na manutenção dos 46 aeroportos internacionais, regionais e municipais do país, bem como a contratação de mais gente e o pagamento de prémios em atraso.

Esta sexta-feira, os representantes dos trabalhadores reuniram com o ministro adjunto Christos Spirtzis, que lhes disse que o governo irá estudar as suas propostas. Para já, Spirtzis disponibilizou-se a investir 9 milhões de euros na manutenção e substituição de equipamento eletrónico.

Varoufakis vai concluir concessão de 14 aeroportos

Uma das medidas previstas no anterior memorando que não irá ser travada pelo atual governo é a concessão dos aeroportos regionais à gestão privada.

Ontem o ministro das Finanças disse aos deputados que está a negociar esse dossier, que deverá ficar concluído nos próximos dias. Mas quer mudar as condições de concessão no que toca ao investimento previsto. “Para mim, um compromisso de 23.5 milhões de euros de investimento em quatro anos para cada aeroporto é muito baixo”, respondeu Varoufakis a uma questão de um deputado da Nova Democracia.

Varoufakis disse também que quando perguntou aos parceiros da UE se aceitariam concessionar os seus aeroportos por 40 anos sem cotrapartidas para o Estado, todos lhe disseram que não. E que, enquanto economista, não vê com bons olhos “a ideia de entregar 14 aeroportos regionais à mesma empresa”, sublinhando desconhecer “algum país onde isso tenha acontecido”.