A sondagem do Instituto Bridging Europe – o único a acertar no resultado do referendo e das eleições de setembro – revela que a maioria dos gregos concorda com a resposta do governo à crise dos refugiados e aponta a falta de cooperação da União Europeia como o principal problema na gestão de uma crise que acreditam estar para durar. As perspetivas sobre a primeira avaliação do memorando e o combate à corrupção são outros temas abordados nesta sondagem. Veja aqui todos os resultados.
A sondagem foi feita nos dias 30 e 31 de março, com base em 1059 respostas em entrevistas telefónicas distribuídas proporcionalmente pelas 13 regiões do país. Nas intenções de voto, o número de indecisos mantém-se elevado e ultrapassa mesmo o partido que recolhe mais preferências, o Syriza. Em relação à sondagem de janeiro do mesmo instituto, o Syriza, PASOK e Gregos Independentes mantêm quase inalteradas as suas intenções de voto, a Nova Democracia, KKE e Aurora Dourada aumentam cerca de 0.5%. Em queda na sondagem estão o Potami e a União dos Centristas.
Crise dos refugiados: 52% apoiam governo; 51% apontam falta de cooperação da UE; 59% acham que a guerra na Síria e a fuga de refugiados irão prosseguir este ano; 61% não consideram a Grécia um alvo de atentados terroristas do Estado Islâmico.
Conclusão da primeira avaliação do memorando: 47% acham que vêm aí mais medidas de austeridade; 49% acreditam no início do debate sobre a restruturação da dívida; 39% aguardam impacto positivo na economia; 48% acham que o governo vai poder dedicar-se a resolver os problemas sociais do país.
Combate à corrupção: 54% acham que a guerra à corrupção nos media, política e finanças vai trazer benefícios à justiça e à informação na Grécia; 41% estão satisfeitos com a política de combate à evasão fiscal; 74% acham que o governo deve ir mais longe nesse combate; 59% não acreditam que os partidos da oposição estejam disponíveis para apoiar o governo a combater a corrupção no país.