Num artigo publicado no diário francês Libération, o economista Cédric Durand, o sociólogo Razmig Keucheyan e o filósofo Stathis Kouvélakis apontam o dedo à “verdadeira vergonha” da ausência do movimento sindical francês nas mobilizações de solidariedade com a Grécia, alertando para as consequências do abandono do internacionalismo que leva a Frente Nacional a capitalizar o descontentamento com o atual sistema.
“O internacionalismo não consiste em apoiar a ‘causa do outro’ por altruísmo ou dever moral. Trata-se antes de compreeender que os interesses das classes populares francesa e grega estão ligados, até porque os seus adversários são os mesmos. Como se pode imaginar que a implementação de medidas alternativas ao neoliberalismo na Grécia não têm nenhum efeito em França? As relações de forças sociais e políticas seriam alteradas! Essas políticas ofereceriam ao movimento sindical francês um forte impulso para sair da atual letargia e da sua incapacidade para organizar a resistência às políticas do governo Valls”, defendem os três académicos.
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