Na sua intervenção no Fórum Económico de São Petersburgo, Alexis Tsipras voltou a sublinhar que o problema grego é na verdade um problema europeu, cabendo à Europa decidir se a zona euro pode permitir o crescimento e a solidariedade no seu interior.
“Estamos no meio duma tempestade, mas somos gente do mar e não temos medo de navegar no mar alto para chegar a porto seguro”, afirmou Alexis Tsipras para uma plateia de convidados e participantes no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, na Rússia.
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“Porque estou aqui e não em Bruxelas?”, perguntou Alexis Tsipras no início da sua intervenção, respondendo que a Europa já não é “o umbigo do mundo” e o centro económico mundial está a mudar, com as relações internacionais a tornarem-se multipolares, como o demonstram o G20 ou os BRICS ou a perspativa de uma União Euroasiática.
Tsipras referiu-se ainda à “nova ferida aberta no coração da Europa: a ferida da instabilidade” criada pela crise na Ucrânia. “É um péssimo sinal para as relações internaiconais, porque em vez de prosperidade e cooperação económica na região, iniciaram-se processos que conduzem à guerra, à militarização e à adoção de sanções. Temos de romper este círculo vicioso o mais rapidamente possível”, sublinhou o primeiro-ministro grego na conferência em que participou com o presidente da Rússia Vladimir Putin, o vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli e o vice-presidente de Myanmar, Nyan Tun.