Contas gregas com saldo positivo, turismo bate recordes

Longe das ilhas, o render da guarda em frente ao parlamento grego é uma atração turística da capital. Foto Tilemahos Efthimiadis/Flickr

A execução orçamental de janeiro a julho apresenta um saldo primário positivo de 3.7 mil milhões de euros, mais 700 milhões do que o previsto e mais 1.4 mil milhões que o registado no ano passado. E apesar da crise, o turismo bateu todos os recordes.


Segundo os dados finais da execução orçamental divulgados pela agência ANA-MPA, o saldo orçamental primário – que exclui os encargos com a dívida – atingiu 3712 milhões de euros, bem acima do orçamentado e da execução no mesmo período de 2014.

Contando com os encargos da dívida, o défice das contas públicas da Grécia foi de 840 milhões de euros, bem abaixo dos 1375 milhões orçamentados e dos 1736 milhões de défice entre julho e agosto de 2014.

As receitas do Estado entre janeiro e julho ficaram 9% abaixo do ano passado, prejudicadas em particular pelas dificuldades de cobrança de impostos em julho, quando os controlos de capitais foram impostos pelo Banco Central Europeu, levando o Estado a arrecadar apenas metade da receita prevista. Quanto à despesa, caiu 11.4%, sobretudo devido às medidas de tesouraria para enfrentar as dificuldades de liquidez, que levaram ao adiamento de muitos pagamentos a fornecedores do Estado. O ministério das Finanças prevê que os valores regressem nos próximos meses para o objetivo fixado no Orçamento, assim que as condições de liquidez ficarem normalizadas.

Empresários do turismo esperam 26 milhões de visitantes este ano

Apesar da crise e dos milhares de refugiados que chegam todos os dias às ilhas gregas, o turismo no primeiro semestre aumentou 20.8% em relação ao ano passado na Grécia.

Segundo dados revelados pelo Banco da Grécia, nos primeiros seis meses do ano deram entrada no país 7.56 milhões de turistas. A Associação de Empresários do Turismo reviu em alta as previsões feitas em janeiro e espera agora que este ano o país receba cerca de 26 milhões de turistas, mais 2 milhões do que em 2014, graças aos preços competitivos e à desvalorização do euro face ao dólar a à libra.

As chegadas de turistas norte-americanos disparou 41.6% no primeiro semestre em relação ao ano passado, da Alemanha chegaram mais 23.5%, do Reino Unido mais 18% e de França mais 12.6%. Em queda está o turismo vindo da Rússia, com menos 60.6% de turistas em relação aos registados em 2014.