A evolução da economia grega no segundo trimestre deste ano ficou acima das previsões, registando um crescimento de 1.6% em relação ao mesmo trimestre de 2014, graças ao crescimento do consumo. Foi a segunda maior subida do PIB desde 2008, mas ficará comprometida no trimestre seguinte, quando os números refletirem o impacto da asfixia do sistema financeiro.
“A economia grega continua a surpreender”, diz o Financial Times após serem conhecidos os números finais do segundo trimestre, que reviram em alta as previsões.
.@fastFT: Greek Q2 GDP growth revised up (yes, up) to 0.9% http://t.co/BxP3HcV45s
— Financial Times (@FinancialTimes) August 28, 2015
Comparando com o ano anterior, a economia cresceu 1.6% no segundo trimestre, acima do 1.4% previsto. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 0.9%, uma décima percentual acima das previsões.
O período em causa foi o último antes da asfixia do sistema bancário provocada pelo BCE e a entrada em vigor do controlo de capitais, cujo impacto só será conhecido com o fecho de contas do terceiro trimestre. “O controlo de capitais e a maior carga fiscal irão pesar na evolução do consumo na segunda metade do ano. Mas estes números darão uma almofada maior ao comportamento da economia no conjunto do ano, com a esperada travagem na atividade económica no segundo semestre”, disse o economista do Banco Nacional grego, Nikos Magginas, à agência Reuters.
Apesar da incerteza do clima económico na altura em que se travava o braço de ferro nas negociações com Bruxelas, o crescimento da economia foi impulsionado pelo consumo interno, que subiu 1.1% em relação ao trimestre anterior. Os números divulgados registam ainda uma queda de 4.9% nas importações e um aumento de 0.1% nas exportações no segundo trimestre deste ano.