O PASOK arrisca ficar de fora do parlamento nas próximas eleições e a nova líder, Fofi Genimmata, quer juntar forças com o DIMAR e o partido do ex-primeiro ministro George Papandreou.
O objetivo do PASOK é assegurar a sobrevivência do partido, depois dos 4.7% obtidos nas eleições de janeiro terem sido postos em causa pelos resultados das sondagens desde então, algumas baixando da barreira mínima de 3% que dá acesso ao parlamento. A lei eleitoral grega prevê ainda que nestas eleições antecipadas não haja o voto preferencial em candidatos, mas apenas nos partidos.
Com a saída de Venizelos e a entrada de Genimatta, o PASOK aposta agora em juntar as forças do seu espaço político, a começar pelo partido do seu ex-líder e chefe de governo George Papandreou, o Movimento dos Socialistas Democráticos (KIDISO), que ficou à beira de eleger deputados em janeiro, com 2.45% dos votos.
Papandreou já se mostrou disponível para se juntar aos ex-companheiros do PASOK na eleição prevista para setembro e apelou a que nos próximos dias se construa uma coligação de partidos e personalidades da área socialista, apesar de muitos no PASOK ainda o responsabilizarem pela hecatombe eleitoral dos últimos anos. É o caso do seu sucessor Evangelos Venizelos, que não quis comentar o regresso do ex-primeiro-ministro às listas apoiadas pelo PASOK.
O outro partido disponível para uma aliança com os socialistas é a Esquerda Democrática (DIMAR), que fez parte do governo com o PASOK e a Nova Democracia até 2013 e foi dizimado nas eleições de janeiro, obtendo 0.48% dos votos. O seu atual líder Thanasis Theocharopoulos abriu as portas as negociações para a aliança eleitoral, que têm decorrido nos últimos dias.