No frente a frente entre Alexis Tsipras e Vangelis Meimarakis, o líder do Syriza voltou a recusar o convite para um governo de unidade com a Nova Democracia. O debate tenso contou com um momento de humor, quando Meimarakis pediu ao realizador para mostrar que Tsipras é mais baixo que ele.
Das eleições de domingo na Grécia sairá “ou um governo progressista ou um governo conservador”, afirmou Alexis Tsipras em resposta ao convite para um governo de unidade nacional formulado por Vangelis Meimarakis. “Primeiro dizia que eu devia ser o primeiro-ministro, agora já me despromoveu a vice. Não era esse o papel que tinha reservado para Venizelos”, questionou Tsipras, procurando colar o adversário ao anterior governo de coligação entre Samaras e o antigo líder do PASOK.
O líder da Nova Democracia, cuja popularidade tem aumentado nas sondagens, acusou o Syriza de ter destruído a recuperação económica do país e defendeu-se das acusações de tolerância para com a corrupção. “Não aceitamos lições sobre corrupção vindas de quem não apresentou uma única lei para a combater”, ripostou Meimarakis, enquanto Tsipras lembrava que as leis foram apresentadas, incluindo a que retirava privilégios aos políticos, mas não foram votadas a tempo por causa das eleições antecipadas.
A renegociação da dívida foi outro dos temas em debate, com Tsipras a garantir que está em melhor posição para liderar o processo, previsto para arrancar até ao final do ano. O ex-primeiro-ministro lembrou que o seu adversário já declarou que quer pagar a dívida, embora esta seja aceite até pelos credores como insustentável. E prometeu que irá propor medidas que protejam os que menos têm dos efeitos das medidas de austeridade do terceiro memorando.
O momento mais inesperado do debate aconteceu quando o líder da Nova Democracia se queixou que a realização do programa estava a pôr os dois à mesma altura, quando Tsipras é mais baixo que ele. A realização da estação pública fez a vontade a Meimarakis: