Os representantes dos credores estão em Atenas para negociarem as medidas que permitirão o pagamento dos 2 mil milhões da nova tranche e dos 10 mil milhões para a recapitalização dos quatro maiores bancos. Tsipras diz que não recua nos pontos da discórdia.
Em análise estão as divergências que ainda persistem para haver luz verde ao pagamento das tranches previstas no acordo de empréstimo. Na segunda-feira, os ministros das finanças do Eurogrupo apelaram a Atenas para que conclua as medidas relativas ao setor financeiro e mandataram um grupo de trabalho para avaliar essas medidas até ao início da próxima semana. O parlamento grego tem de aprovar até lá uma série de medidas prévias para o sucesso da primeira avaliação, com os credores a exigirem mudanças no esquema de pagamentos em prestações das dívidas ao Estado.
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— EU Council Press (@EUCouncilPress) November 9, 2015
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O governo eleito em janeiro pôs em prática um plano de 100 prestações para os cidadãos com dívidas ao Estado, mas os credores querem apertar as regras. Por exemplo, se o devedor se atrasar um dia que seja no pagamento da prestação, ficaria automaticamente excluído do programa prestacional. Atenas não aceita esta exigência e pretende manter o atual período de 30 dias de tolerância a quem se atrase no pagamento da prestação, antes de ficar de fora do programa. A questão da facilitação dos despejos das famílias que não conseguem pagar as prestações da casa é outro ponto de discórdia. Aqui o governo conseguiu recolher nas últimas semanas o apoio público dos bancos gregos e do presidente francês François Hollande.
Na reunião do governo que ontem teve lugar, Alexis Tsipras afirmou que não pretende recuar nesta matéria e que permanece determinado a separar o resultado da primeira avaliação do processo de recapitalização da banca, que deverá ficar concluído até ao final do ano.
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No discurso de abertura da reunião, o primeiro-ministro afirmou que seria uma catástrofe se o governo se limitasse a cumprir as medidas do terceiro memorando. “A sociedade espera grandes mudanças e que o governo, apesar das enormes dificuldades, deixe a sua marca de mudança”, afirmou Tsipras, referindo-se às reformas na administração pública, na saúde, nas relações laborais e no combate à corrupção.