A entrevista do ministro das Migrações Yanis Mouzalas ficou marcada por uma gaffe quando falava dos refugiados presos em Idomeni, na fronteira com a antiga república jugoslava da Macedónia (FYROM). Ao referir-se a ela como Macedónia em vez de FYROM, Mouzalas reacendeu uma polémica antiga.
O nome do país vizinho sempre foi motivo de disputa, com um acordo entre Atenas e Skopje a permitir que a antiga república jugoslava pudesse aderir a instituições internacionais, sob o nome FYROM, em vez do nome semelhante à da região grega da Macedónia.
Rebentada a polémica, Yanis Mouzalas pediu iamediatamente desculpa pelo lapso e garantiu que ele não corresponde à sua opinião sobre a questão nacional da Macedónia. Mas o pedido de desculpas não foi suficiente para acalmar o ministro da Defesa e líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos, que pediu a demissão imediata de Mouzalas.
Fontes governamentais contactadas pelo jornal Avgi, próximo do Syriza, falam num “exagero” da reação de Kammenos por causa do lapso do ministro, atacando também os partidos da oposição que tentam enfraquecer um ministro que tem estado na primeira linha da resposta à crise dos refugiados na Grécia. O líder dos Gregos Independentes insiste no pedido de demissão do seu colega de governo, mas a decisão final sobre o destino de Mouzalas irá aguardar pela conclusão da cimeira europeia desta semana para tratar da crise dos refugiados.