Os refugiados na ilha de Lesbos receberam a visita de três líderes religiosos cristãos e ouviram mensagens de esperança. No avião de regresso ao Vaticano, o papa Francisco leva 12 refugiados.
As três famílias sírias foram escolhidas à sorte entre os refugiados que chegaram à ilha antes da entrada em vigor do acordo UE/Turquia, pelo que não arriscavam ser deportadas para a Turquia. O papa Francisco disse que o seu gesto é humanitário e não político, descrevendo-o como “uma gota de água no mar” desta crise dos refugiados.
Refugees are not numbers, they are people who have faces, names, stories, and need to be treated as such.
— Pope Francis (@Pontifex) April 16, 2016
O papa Francisco este sempre acompanhado pelos líderes religiosos Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla e líder espiritual das igrejas ortodoxas, e Jerónimo II, que preside à Igreja de Atenas e de toda a Grécia.
Os três líderes religiosos assinaram uma declaração conjunta onde sublinham que o mundo “não pode ignorar a crise humanitária colossal criada pelo alastrar da violência e do conflito armado” e expressam a sua “solidariedade com o povo da Grécia, que apesar das suas dificuldades económicas, responderam com generosidade a esta crise”.
https://twitter.com/EcuPatriarch/status/721345658289057792
“Ao defendermos os direitos humanos fundamentais dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes, e de tanta gente marginalizada nas nossas sociedades, procuramos cumprir a missão das Igrejas de servir o mundo”, prossegue a declaração conjunta, que termina com um apelo à comunidade internacional para “dar prioridade à proteção das vidas humanas a apoiar políticas inclusivas a todos os níveis, alargadas a todas as comunidades religiosas”.
O papa foi recebido por Alexis Tsipras, num encontro onde discutiram a dimensão da crise de refugiados e as condições do centro de Lesbos.
https://twitter.com/tsipras_eu/status/721286452550742018