Para além de servir para “quebrar o gelo” nas relações entre a Grécia e a Alemanha – “O diálogo é o único caminho. Disse-lhe que é sempre melhor falamos um com o outro do que um do outro”, afirmou Alexis Tsipras na conferência de imprensa – a reunião com Angela Merkel serviu para o PM grego recolocar o tema das reparações de guerra na agenda diplomática e solicitar a assistência da Justiça alemã na investigação aos casos de subornos envolvendo a Siemens na Grécia nas últimas décadas. Tsipras defendeu ainda a prioridade ao combate à corrupção e evasão fiscal, que os memorandos mantiveram na Grécia, mas também o fim dos estereótipos que prejudicam a imagem dos dois países: “nem os gregos são preguiçosos nem os alemães são os culpados de todos os males da Grécia”. Por seu lado, a chanceler alemã falou da necessidade da Grécia clarificar as propostas de reformas, obter o equilíbrio orçamental e ao mesmo tempo combater o desemprego, e em especial o desemprego jovem. Na terça-feira, Tsipras visita o Memorial do Holocausto e terá encontros com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, dirigentes do Die Linke e dos Verdes, e o vice-chanceler e líder do SPD.