44.8% dos pensionistas vivem abaixo do limiar da pobreza

Reformado grego

Numa discussão no Bundestag, alguns deputados alemães voltaram a repetir o mito das reformas de luxo dos pensionistas gregos. O ministro da Segurança Social respondeu com as estatísticas que mostram os efeitos dos cortes brutais dos últimos anos.

O ministro da Segurança Social grego, Dimitris Stratoulis, enviou à embaixada grega em Berlim os números oficiais divulgados pelo instituto de estatísticas da Grécia sobre a realidade das pensões pagas pelo Estado.

Estes números mostram que cerca de 1.2 milhões de pensionistas (44,8% do total) recebem pensões que os deixam a viver abaixo do limiar de pobreza. A pensão principal tem o valor médio de 664,69 euros e a pensão complementar vale em média 168.40 euros, valores ilíquidos. Feitas as contas após os impostos, a grande maioria dos pensionistas recebe ao todo menos de 700 euros por mês.

Durante os memorandos da troika, as pensões acima de 1000 euros sofreram cortes de mais de 40%. Os pensionistas que recebiam menos de 1000 euros ficaram sem o 13º e o 14º mês, resultado num corte até 16.9%.