O coordenador do Comité para a verdade sobre a dívida reuniu com o ministro da Segurança Social e concluiu que as políticas anteriores e atuais dos credores lesaram gravemente as finanças do país e violaram os direitos dos pensionistas.
Numa declaração enviada à imprensa após o encontro com Dimitris Stratoulis na sexta-feira passada, Eric Toussaint defendeu que “a dívida grega não é sustentável, tanto do ponto de vista financeiro, uma vez que é óbvio que a Grécia é, de facto, incapaz de a pagar, como do ponto de vista dos direitos humanos. Vários juristas, especialistas em Direito Internacional, consideram que a Grécia pode declarar o estado de necessidade”.
“De acordo com o Direito Internacional, quando um país está em estado de necessidade tem a possibilidade de suspender o pagamento da dívida de forma unilateral (sem acumular juros atrasados), com o objetivo de garantir aos seus cidadãos os direitos humanos básicos, tais como educação, saúde, alimentação e pensões”, diz o coordenador da comissão empossada pelo Parlamento grego, que irá apresentar o seu relatório intercalar em meados de junho.