O Barómetro mensal Public Issue para o diário Avgi deste domingo dá ao Syriza 47.5% das intenções de voto, contra 19,5% à Nova Democracia. A vantagem do partido de Tsipras aumenta ligeiramente face ao mês passado.
O Syriza baixa um ponto em relação ao barómetro de maio, mas o principal partido da oposição perdeu 1.5%, aumentando assim a distância. Os 47,5% do Syriza nas intenções de voto indicam que os gregos não estão a penalizar o maior partido do governo na fase crítica das negociações. A sondagem foi efetuada entre 11 e 17 de junho.
Quanto aos outros partidos, não se registam grandes oscilações, com a Aurora Dourada e o To Potami a surgirem empatados com 6.5%, o KKE a seguir com 5.5%, o PASOK com 4.5%, Gregos Independentes com 4% e União do Centro com 2%. O número de indecisos mantém-se o mesmo do mês passado: 19.5%.
Leia aqui as respostas a estas e outras questões no barómetro Public Issue de junho:
Popularidade de Merkel foi a que mais subiu desde a vitória do Syriza
Quanto à evolução da opinião dos gregos sobre o euro, o barómetro mostra que o desgaste tem sido grande, com as opiniões negativas a passarem de 20% em fevereiro para 36% em junho. 31% dos inquiridos declaram mesmo que votariam contra o euro num referendo, embora essa opção só seja maioritária no eleitorado da Aurora Dourada e do KKE, com os eleitores dos Gregos Independentes divididos ao meio.
A opinião dos eleitores sobre o que fazer à dívida também revela um crescimento dos que defendem o não pagamento (de 9% em janeiro para 22% em junho). O número dos que defendem o pagamento da dívida e a continuação da aplicação do memorando caiu de 13% para 7% no mesmo período. A opção de negociar para cortar na dívida continua a ser bem maioritária na sociedade, a avaliar pela opinião de dois terços dos inquiridos deste barómetro.
O resultado mais surpreendente do barómetro vai para a avaliação dos líderes internacionais, um ranking em que apenas Putin e Obama recebem nota positiva. A surpresa vem da avaliação dos gregos a Angela Merkel, cuja popularidade aumentou nos últimos meses: as opiniões negativas passaram de 82% em fevereiro para 57% em junho e as positivas de 16% para 29% no mesmo período.
O campeão das opiniões negativas continua a ser o ministro das Finanças alemão Schäuble, sem qualquer oscilação de fevereiro a junho: 81% de opiniões negativas contra 14% de opiniões positivas.