As contrapropostas que a Grécia apresentou no domingo

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Leia aqui as contrapropostas gregas que os representantes dos credores não quiseram negociar, o que levou a delegação de Atenas a sair da reunião meia hora depois de ter entrado. O documento foi publicado no diário Kathimerini desta segunda-feira.

O governo grego propôs uma contribuição extraordinária de 12% para as empresas com lucros acima de um milhão de euros (prevendo uma receita de 600 milhões/ano) e o aumento da taxa sobre os lucros das empresas de 26% para 29% (receita de 450 milhões). Os escalões do IVA passariam a ser de 6%, 13% e 23%, em vez de 6%, 11% e 23% que era a proposta inicial dos credores. E Atenas aceitaria as metas dos saldos orçamentais primários de 1% do PIB para 2015 e 2% para 2016.

O documento entregue pela Grécia continha ainda cortes de 200 milhões na área da Defesa em 2016 (que o FMI pretendia vetar, segundo a imprensa alemã), que poupariam mais 200 milhões e uma taxa sobre publicidade na TV que renderia 200 milhões neste ano e no próximo. O imposto sobre os lucros das empresas de apostas online iria render 260 milhões no mesmo período, as inspeções automóveis 132 milhões, a reforma do IVA 2040 milhões, as restrições às reformas antecipadas 71 milhões e a negociação do preço dos medicamentos permitiria poupar 280 milhões.

Outras propostas apresentadas para cobrir o buraco orçamental para atingir as metas seriam o combate ao contrabando de combustíveis (poupança de 375 milhões em 2015 e 2016), inspeções às contas bancárias (700 milhões), combate à evasão do IVA (750 milhões), licenças de apostas online (521 milhões), licenças dos operadores de televisão (340 milhões) e plano de prestações para as dívidas ao Estado (1000 milhões).


Leia aqui as contrapropostas da Grécia:

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