Katerina Savvaidou liderava a máquina fiscal desde o ano passado e é suspeita de irregularidades que beneficiaram empresas devedoras ao fisco.
Antes de ser nomeada pelo anterior governo no verão de 2014, Katerina Savvaidou era uma figura cimeira da PricewaterhouseCoopers na Grécia. Agora é suspeita de ter beneficiado as estações de televisão, adiando o prazo para além do limite legal para o pagamento da taxa de 20% sobre receitas da publicidade, dando às estações mais um ano para pagar o que deviam ao fisco.
Outras das suspeitas que recaem sobre a líder da máquina fiscal grega é a forma como lidou com a reavaliação de uma multa aplicada a uma empresa no valor de 78 milhões de euros.
Segundo o Jornal dos Editores (Efimeritha ton Syntakton), Katerina ainda tentou nas últimas semanas escapar a qualquer responsabilidade criminal sobre as suas decisões, entregando ao governo uma proposta de lei nesse sentido na véspera da votação do primeiro pacote de medidas do terceiro memorando.
Fontes do governo contactadas pela agência ANA-MPA afirmam ter considerado que a proposta apresentada pela nº 1 do fisco visava o seu caso específico, tendo sido afastada de imediato e pedida a sua demissão. Katerina Savvaidou recusou demitir-se, afirmando que as acusações de que é alvo são infundadas. O governo acabou por anunciar esta quinta-feira o seu afastamento do cargo.