A central sindical Adedy agendou uma paralisação para o próximo dia 7 de abril em protesto contra a anunciada reforma do sistema de Segurança Social. A proposta de lei ainda está a ser negociada com os credores, que regressam esta semana a Atenas.
A reforma do sistema grego de pensões é o principal ponto de discórdia entre o governo grego e a “quadriga” – Comissão Europeia, BCE, Mecanismo de Estabilidade Europeu e FMI –, cujos técnicos vão regressar esta semana a Atenas após uma pausa durante a Páscoa católica.
Segundo as notícias que têm saído na imprensa grega, os credores não estão de acordo entre si sobre qual a forma de conseguir cobrir a despesa equivalente a 1% do PIB grego – 1.800 milhões de euros – em 2018, para que a Grécia consiga cumprir o objetivo do superavite primário de 3.5% nesse ano, como inscrito no memorando. Do lado do governo, têm sido apresentadas propostas para unificar as centenas de modalidades de pensões existentes, aumentar as contribuições para cuidados de saúde, aumentar a idade de reforma, protegendo as pensões atualmente em pagamento do que seria o 12º corte em poucos anos.
O ministro das Finanças grego já disse esperar que as negociações possam estar concluídas ainda em abril, de forma a que essa legislação possa ser aprovada no parlamento, desbloqueando a avaliação positiva dos credores, o pagamento da tranche do empréstimo e o início da discussão sobre a restruturação da dívida do país.
A luta dos funcionários públicos contra esta reforma da Segurança Social passará pela greve de dia 7, com uma manifestação marcada para as 11 da manhã do mesmo dia.