Greve da Função Pública contra reforma das pensões

Greve da Função Pública na Grécia, manifestação em Atenas. Foto Katja Lihtenvalner/Twitter

A greve desta quinta-feira paralisou os serviços públicos e cancelou todos os voos nos aeroportos gregos. Veja aqui as fotos da manifestação em Atenas. O governo quer concluir negociações com credores antes da reunião do Eurogrupo de 22 de abril.


A greve convocada pela central sindical Adedy contou com a adesão dso controladores aéreos, levando ao cancelamento de todos os voos nos aeroportos gregos. Escolas e serviços públicos paralisaram esta quinta-feira e os hospitais funcionaram apenas para emergências. Também o sindicato dos jornalistas aderiu à greve, afetando os media públicos e privados.

A meio da manhã, no centro de Atenas, manifestaram-se cortejos de vários sindicatos e partidos de esquerda contra a anunciada reforma da Segurança Social, cujo conteúdo ainda está a ser negociado entre governo e credores. Amanhã será a vez dos trabalhadores portuários fazerem greve contra a anunciada concessão da maioria do capital do porto do Pireu ao gigante chinês que já controla parte da empresa de gestão portuária.

https://twitter.com/Lihtenvalner/status/718027193155239936

Governo admite fechar dois documentos diferentes com credores

No fim de mais uma ronda negocial para a conclusão da primeira avaliação do memorando, o ministro das Finanças grego anunciou a possibilidade de concluir a atual fase de negociações no domingo, com dois documentos separados: um com as instituições europeias e outro com o FMI, que deverá refletir a posição do Fundo sobre a necessidade de medidas adicionais às previstas no acordo de julho e a necessidade de restruturar a dívida da Grécia. “Serão documentos muito parecidos”, afirmou Euclid Tsakalotos. O objetivo é que este último documento sirva de base à discussão que terá lugar na próxima semana em Washington, à margem do Encontro de Primavera do FMI.

Em cima da mesa continuam as principais divergências entre Atenas e os credores, no que toca à reforma fiscal, com os credores a quererem reduzir o limite do rendimento do trabalho não tributável, as medidas fiscais que o governo propõe para recolher uma receita equivalente a 1% do PIB – que o FMI diz serem insuficientes para chegar a esse montante, a reforma da Segurança Social, com a insistência dos credores em mais cortes no modelo proposto por Atenas, e também no que respeita ao crédito malparado.