Um grupo de 60 deputados do Syriza questionou o ministro da Energia sobre a situação de muitas famílias com pagamentos em atraso e dívidas incomportáveis à companhia de eletricidade.
Os deputados apontam as políticas de austeridade do anterior governo da Nova Democracia e do PASOK como a causa da quebra acentuada de rendimento das famílias, que gerou situações de incumprimento no pagamento da conta da luz. As dívidas à PPC somam já cerca 1800 milhões de euros.
Os planos de prestações para dívidas em atraso não vieram dar solução para os devedores, onde se incluem famílias, mas também pequenas empresas e agricultores, que se vêem agora confrontados com prestações que não conseguem pagar e que se acumulam mês após mês. Muitos deles não se enquadram nas situações de pobreza extrema que preenchem os requisitos de candidatura ao pacote de apoio em vigor para combater a crise humanitária.
“Este problema é muito grave na Grécia e tem sido habitual o envio de avisos de corte de eletricidade por parte da companhia, até em casos de primeira habitação”, diz o requerimento dirigido ao ministro Lafazanis,.
“Nenhum agregado familiar altamente endividado deve ficar sem eletricidade”, defendem os deputados, que apelam ao ministro para que a eletricidade seja reposta nos casos em que foi cortada por falta de meios para pagar e o fim dos cortes da eletricidade nesses casos.
O ministro Lafazanis insurgiu-se em março contra o regulador do mercado da energia, por ter escondido da opinião pública o acordo com o anterior governo para aumentar as tarifas de eletricidade no fim desse mês.