Muitos milhares de pessoas concentraram-se esta noite em várias cidades gregas sob o lema “Tomemos as negociações nas nossas mãos. Abaixo a austeridade”.
Em Atenas, a manifestação convocada pelo Syriza teve lugar na Praça Syntagma, situada em frente ao parlamento grego, cuja presidente esteve ao lado dos manifestantes:
#Greece Parliament President Zoe Kostantopoulou joins anit-austerity protest in Athens, #Syntagma #17jgr v @prezatv pic.twitter.com/bPK6HsrysU
— spyros gkelis (@northaura) June 17, 2015
Para além de membros do Syriza, os protestos contaram com a participação de vários sindicatos e movimentos sociais e também com o partido Gregos Independentes. As palavras de ordem mais ouvidas, segundo a agência ANA-MPA, foram “A dignidade não se vende” e “As nossas vidas não são dos credores”. Mas viam-se também faixas e cartazes em inglês e alemão, pedindo mais democracia para a Europa.
“Estar aqui hoje significa duas coisas”, disse um dos manifestantes à agência de notícias grega. “Por um lado, fazemos pressão para o governo não recuar. O povo irá estar aqui na Praça Syntagma como esteve há cinco anos. Mas por outro lado, mostramos aos nossos credores que o governo não está sozinho e que tem o apoio do povo”.
Também presente na manifestação de Atenas, Francisco Louçã descreveu no Facebook o ambiente vivido na Praça Syntagma: “Havia alegria, gente de todas as idades, deputados junto com multidão de grupos politicos diferentes, e em todos uma sensação forte: não pode continuar a indefinição, não se deve atrasar mais uma solução. Nos altifalantes, nenhum discurso, mas canções gregas e, no meio delas, o Bella Ciao”. O economista e fundador do Bloco de Esquerda foi convidado pela presidente do parlamento da Grécia a participar na sessão da Comissão de Auditoria e Verdade da Dívida, onde intervirá esta quinta-feira.
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Em comunicado, o Syriza afirma que as manifestações em Atenas, Salónica e outras cidades deram “uma mensagem de recusa da cultura do medo e da chantagem, mostrando que ninguém pode roubar o direito democrático a um povo de decidir sobre o seu futuro. O apoio da maioria da sociedade grega é a arma mais poderosa nas negociações que o governo leva a cabo”.