O ministro grego da Energia garantiu hoje aos deputados que o preço da eletricidade não vai sofrer aumentos, apesar dos credores quererem passar a taxá-la a 23%, como fizeram em Portugal.
Numa reunião na comissão parlamentar de Comércio e Indústria, o ministro da Energia confirmou aos deputados que “não há margem para subir as tarifas da eletricidade através do aumento do IVA nas faturas”.
Esta é uma das medidas que os credores querem impor no acordo com a Grécia, e que foi aceite e introduzida em Portugal por Vítor Gaspar em 2011. Panagiotis Lafazanos diz que um acordo com os credores “será compatível com o nosso programa e não trará novos sacrifícios ou roubos à população. A posição do governo é muito clara sobre isso”, garantiu o ministro.
Lafazanis pretende ir no sentido contrário, baixando o preço da energia paga pelos cidadãos e empresas da Grécia. “Estamos a preparar um programa para podermos baixar em breve os preços da energia. Claro que será difícil, mas estamos a esforçar-nos por isso, já que o peso dos custos da energia para a economia é insuportável”, reconheceu o ministro.
“Se queremos abrir caminho para sair da crise, uma das nossas primeiras preocupações é reduzir os custos da energia para as empresas e as famílias”, concluiu Lafazanis, que em março deu ordens ao regulador para cancelar os aumentos que tinha negociado com o anterior governo. Na semana passada, um grupo de deputados do Syriza exigiu soluções para as famílias com dívidas em atraso à empresa pública de eletricidade. No início de março, o presidente da companhia foi afastado por causa do seu envolvimento num caso de gestão danosa.