O ministro da Energia e figura de proa da Plataforma de Esquerda no Syriza diz que os compromissos eleitorais são para cumprir. O porta-voz do governo diz que a questão fica fechada nos próximos dez dias.
O encontro de ontem à noite entre Tsipras, Merkel e Hollande serviu para sensibilizar os dois governantes do centro da Europa para a necessidade de um acordo alargado que possa garantir o desenvolvimento da Grécia e resolver o problema da dívida insustentável. Segundo o ministro adjunto dos Negócios Estrangeiros, Nikos Chountis, que assistiu à conversa tida à margem da cimeira de Riga, Merkel e Hollande disponibilizaram-se para ajudar a alcançar esse acordo.
Esta manhã, o ministro da Energia Panagiotis Lafazanis, que encabeça a ala esquerda na direção do Syriza, voltou a garantir que “o acordo resultante das negociações será compatível com o nosso programa eleitoral” e que não aceita “lições de patriotismo” da oposição que governou a receber ordens da troika.
Também esta sexta-feira, em declarações à televisão Skai, o porta-voz do governo disse que espera que um acordo seja alcançado nos próximos dez dias e que as mudanças do IVA têm sido um tema das negociações. Segundo Gabriel Sakellaridis, os credores querem duas taxas de IVA de 11% e 23%, também aplicada à energia – hoje são de 6.5%, 15% e 23% –, tendo o governo contraposto taxas de 7%, 15% e 22%, depois de não ter sido bem recebida a proposta de baixar o IVA com pagamentos com cartão.